Quinta-feira, 15 de Julho de 2004
Longe, teu grito agoniado,
tuas mandíbulas agudas,
ameaçam homens assombrados
de cuidados e sustos ancestrais.
Pensam-te um animal feito
de chamas, da insânia, de voragem.
Surgido para o mal e destinado
a tudo destruir em sua passagem.
No entanto és um lobo solitário,
abrasado de ardências e de raios,
de dura vida e mesquinha sorte.
Certos dias, teus uivos fortes,
bravos, parecem gritos habitados
de pesada solidão e morte.
(from: Requiem para o lobo cinzento, da poetiza Lara de Lemos,
in Colectânea Lobos da Hugin)
De
sibylla a 15 de Julho de 2004 às 21:44
É tão bom vir aqui ao "covil" do Lobinho e receber estas lobices. Obrigado Quim. Mil beijinhos
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